domingo, 30 de outubro de 2011

Céu de uma noite de Outono


Eram pelas 18 horas, quando chegámos a Vale de Cavalos, para o XI Astroconvívio do NAV (e meu I Astroconvívio).
Depois de uns dias chuvosos, o céu estava limpinho e a preparar-se para nos deixar deslumbrar o céu de Outono.
Depois de montado o material e de reconhecida a área, foi altura de matar o primeiro bichinho: a fome.


Com a escuridão da sala de jantar, foi necessário arranjar um pouco de luz para iluminar o nosso jantar. Com a disponibilidade de uma “lareira”, foi preciso arranjar com que a alimentar. “Lareira” acesa foi altura de jantarmos a boa bola de carne que o Cristóvão trouxe, enquanto a noite se preparava para as observações.
As primeiras estrelas já brilhavam no céu quando se alinharam os telescópios.
Quando se acenderam as luzes no céu, apontaram-se os olhares para o céu profundo, enquanto Júpiter saía de traz das árvores.
Assim que o “planeta brilhante” saiu de traz das árvores, apontei a objectiva para lhe apanhar as luas. Mas houve alguém que apontou o Vixen e me ultrapassou. Pela primeira vez vi ao vivo e a cores Júpiter com os seus satélites.
Depois de os membros do NAV se maravilharam com Júpiter, tentámos fotografar o planeta, com uma bridge. Sem adaptador colocámos o tripé com a Sony DSC-H5 junto à ocular e tentámos fotografar. O resultado foi mais ao menos. Mas só conseguimos porque o fotógrafo oficial deixou a máquina em casa, mas levou um bom tripé.
Pelas 22 horas, o frio mandou-nos literalmente embora, dando-nos uma camadinha de humidade que cobriu todo o material.
Voltámos assim para casa, depois de um bom serão de observação!







Foi assim o XI Astroconvívio do NAV, e o meu primeiro Astroconvívio. As luvas, o gorro e o casaco de penas foram realmente um bom agasalho. Obrigado aos membros do NAV que estiveram presentes, Cristóvão Cunha e Doutor Miguel (presidente vitalício), pelo acolhimento. Até ao próximo convívio :)





Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

«Porta Fidei»


Com toda a crise de fé que vivemos nos tempos actuais, o Sumo Pontífice Bento XVI anuncia ao mundo o Ano da Fé, com a sua Carta Apostólica «Porta Fidei» (A Porta da Fé).
Ao longo de quinze pontos, Sua Santidade, explica a necessidade deste Ano da Fé.
Começa a sua Carta com a afirmação de que “a «PORTA DA FÉ» (…) está sempre aberta para nós”. Explica-nos, logo a seguir, como passar esta porta e as graças que obtemos depois de a transpor. Não esquecendo a enorme crise de fé, expõe as principais barreiras da fé nos nossos dias, como havemos de reafirmar a nossa fé.
Eis que surge, então, no ponto 4, o anúncio do Ano da Fé, que terá início no dia 11 de Outubro de 2012, dia em que se celebrarão os cinquenta anos da abertura do Concílio Vaticano II e vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, findando na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013.
Refere, ainda, neste ponto que não é a primeira vez que se celebra o Ano da Fé, pois já em 1967 Paulo VI proclamou um ano semelhante aquando do décimo nono centenário do supremo testemunho dos apóstolos Pedro e Paulo.
Não querendo tirar o gosto pela leitura desta pequena Carta Apostólica (que se lê em meia hora), findo, citando o Papa Bento XVI, com uma realidade bem presente nos nossos dias:
«Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos (…) são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim.»




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Aquela lareira II


O Outono chegou de mansinho, trazendo consigo alguns dias de Verão. Mas, agora, que chegamos ao fim do mês, a chuva veio visitar-nos. E que alegria nasceu em mim por a ver cair, por a sentir. Mas com ela veio o vento, que faz voar as folhas já caídas das árvores. Todo o quadro se compõe: chuva, vento, folhas a voar, cores quentes…
E não é que nesta altura faz sempre frio e chuva?


Mas, com o frio, vem a nostalgia. Hoje apetecia-me mesmo uma lareira (que já a tive no fim-de-semana). Apetecia-me sentar-me em frente a ela, no chão da minha sala, a ler, ouvir música, contemplar a dança do fogo, etc. E toda esta nostalgia regressou depois de ler o que escrevi, quase há um ano, sobre ela: as lições, as canções, o “quentinho” da família… (aqui)
Nove anos fora de casa, mas as recordações ainda cá estão. As recordações dos serões à lareira. Lembro, ainda, que na altura em que começávamos a acender a lareira, a nossa sala tomava um nova forma, só para estarmos em volta da lareira.
E como era bom toda esta actividade… Nostalgicamente me sinto. Mas o sorriso, provocado por essas recordações, não deixa de rasgar o meu rosto.
Agora crescemos. Já não nos reunimos todos em volta do lume. Mas o Ruby e o Hoody ainda se enroscam em frente à lareira.
Crescemos e perdemos algumas coisas…
Já não adormecemos ao colo da mãe ou do pai, mas há coisas que não mudam. Pelo Natal, não passamos sem deixar de colocar umas velinhas, um pequeno presépio, ou algo assim, em cima da lareira. Ela é, para mim, local de grandes recordações. Ela é, para mim, o meu local de eleição. E agora, com o Novembro que traz consigo as castanhas, não podia deixar de recordar o assador nas brasas da lareira, preparando as castanhas que eu tanto gosto.
Um dia, a lareira voltará a ser o reencontro da família que durante o dia anda dispersa nas suas actividades.
Quem não recorda a avó junto à lareira a contar as velhas histórias? Quem não sente saudades desse tempo? Eu sinto…
Para mim, a lareira será sempre local de infindas recordações…




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ensinamentos sobre a solidão


Muitas coisas na vida podem ser vistas de uma outra forma. Nem tudo é negativo, como nós pensamos. Nem tudo é assim tão mau, como pintamos.
O fado, esse que concorre a Património Mundial, fala-nos da solidão numa perspectiva um pouco má, fria, sem cor, cheia de sentimentos negativos. E por vezes, adquirimos para nós essa definição de solidão.
Cantava a Rainha do Fado, que a solidão traz sempre consigo uma companheira: a amargura.
Mas, na verdade, não é bem assim. Hoje vou falar-vos de uma nova forma de olharmos este sentimento tão característico do fado.
Olho para o mundo de hoje, e para mim, e vejo que um dos maiores problemas é, sem dúvida, a solidão, o medo de ficarmos sós. Mas, na verdade, a solidão não é inteira, traz sempre um companheiro consigo: o silêncio. É-nos bastante incomodativo este companheiro. Sabemos bem, e eu já falei algumas vezes nisso, que é preciso ter coragem para enfrentar o silêncio, pois podemos conhecer coisas em nós que não são muito agradáveis; ouvir do coração aquilo que não queremos; diria até medo de ouvir Deus. E por isso não fazemos silêncio. Entupimos todos os minutos com barulhos que nos distraem, nos ocupam a cabeça.

Ensinamento sobre a Solidão

Não enfrentes a solidão com tristeza e amargura. Aceita-a com amor. Com ela aprendes a conhecer-te, aprendes a amar-te. Com ela as coisas retomam o seu verdadeiro significado. Tudo o resto não passa de pura ilusão.
Como és capaz de dizer que te conheces, sem nunca te teres enfrentado a ti próprio? Achas que é no barulho da confusão que irás conhecer-te? Não te iludas, pois no barulho só consegues perceber quem realmente não és.
Só com a solidão poderás conhecer o silêncio, ouvir a voz do teu coração e da tua consciência. Não entupas a tua vida com a frenética do barulho. Faz uma pausa, um stop. Desliga tudo aquilo que te impossibilita de fazer barulho. Senta-te no chão do local mais privado que tenhas. Ouve o teu coração que te fala todos os dias e que todos os dias tu o fazes calar.
A solidão é tua amiga: acolhe-a no teu coração. Ouve o que ela tem para te dizer, e enfrentarás todos os teus medos de forma diferente. Muito daquilo que pode parecer mau, pode até ser bom. Mas se não experimentares a solidão, nunca irás conseguir. Ela é aquilo que te torna forte e capaz de vencer muitos obstáculos.
Junta a tua fé em Deus a essa solidão, que não é verdadeira, porque nunca te encontras só: Ele prometeu-te que estaria sempre contigo, até ao fim dos tempos. Aí verás que tudo o que era mau, se torna um ponto negro na tua página branca. E é no silêncio e na solidão que poderás aprender a ouvi-l’O profundamente, a entender o que Ele te está a dizer.
Quando achares que estás só, simplesmente porque não tens ninguém fisicamente a teu lado, relembra-te dos teus verdadeiros amigos e daqueles que não têm e nunca tiveram ninguém a seu lado, e verás que a tua grandiosa solidão, não passará de uma simples gota no oceano.
Não te deixes dominar pelo sentimento mau da solidão. Aprender a amá-la é um passo para a vitória. Diria até: aproveita os momentos de silêncio e de solidão, que poderás querer estar só e não poderás.
A solidão e o silêncio são teus amigos: não os percas.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Poesia à minha terra.

Hoje, num momento de lazer, peguei na caneta e escrevi sobre a minha terra. Há muito que não escrevia poesia (ou uma tentativa da mesma), muito menos com versos em rima. Mas hoje, recordando os tempos de escola em São Pedro do Sul, saiu-me algo. Espero que gostem.


Longe da minha terra,
Perdido na vida da cidade,
Relembro o verde da serra
Que me traz a saudade.

Serras da minha infância,
Ruelas do meu crescer,
Que em toda a circunstância
Da memória não hei-de perder.

São Macário lá no alto,
Cercado pela Gralheira.
Pelo pecado deste um salto,
Com as brasas da fogueira.

Cá em baixo o São Pedro
Desceu o rio perdido.
E no Lenteiro, tão cedo,
Das águas recolhido.

A Imaculada Conceição
Do Convento é formusura.
Aos seus pés todos vão
Com amor e ternura.

Desce a Direita até à Matriz,
Pela calçada de pedra fria.
Passando a casa de Reriz,
Que todo o povo queria.

Pelo Chão do Mosteiro,
À estação vamos dar.
Já não se houve o sineiro
Do comboio a chegar.

Da Lapa o Vouga vem,
Por entre serras e colinas.
A ele se junta o Sul também,
Lá do fundo das rapinas.

Segurando a palma na mão,
Do alto és senhoria.
Santa Eufémia, com chuva ou não,
O povo vai em romaria.

De carqueija se cobre a serra,
Pelas cabras percorrida.
É esta a minha terra
Pela saudade bem sentida.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mês Missionário


Estamos em pleno Outubro. Já se começa a sentir o frio típico de Outono. Mas algumas esplanadas ainda estão montadas. E que bem que se está!
A Praça 2 de Maio com as suas 35 árvores está toda iluminada. Um clima agradável pode ser sentido aqui.
Dizem alguns que não se estuda no café. Mas nem sei. Quanto a mim é uma fonte de inspiração. No meio do barulho surge a vontade de descrever o que me rodeia. E neste espaço está-se bem.


Bem, mas o que vos quero falar hoje é do mês que estamos a viver. No início do mês celebrámos uma das maiores missionárias, que sem sair do seu mosteiro, esteve sempre ao lado dos missionários com a sua oração. Depois celebrámos o fundador dos Combonianos: São Daniel Comboni. A primeira casa-Mãe da congregação em Portugal foi na nossa cidade de Viseu.
Bem, como já devem ter percebido, estamos a viver o Mês Missionário, e esta é a semana das Missões. Esta semana tem como intenção promover a oração pelos Missionários. Não devemos orar por eles somente esta semana, mas sempre. Mas esta semana/mês colocamos como centro os Missionários.
Não devemos esquecer nunca a sua importância. São eles que levam Jesus Cristo àqueles que não O conhecem. Eles, como os Apóstolos, espalham-se pelo mundo para levar a Boa Nova a todos os povos. Foram eles os grandes catequistas do mundo. Por todo o lado há vestígios da sua presença.
Mas eles não levaram somente Jesus Cristo, mas também o ensino, novas culturas, ergueram edifícios e ajudaram na organização das cidades. Uma das suas grandes preocupações foi preservar a cultura dos povos. Alguns até chegaram a pôr por escrito a língua de alguns povos. Foi por eles que conhecemos novas culturas, novas formas de viver, novos costumes, etc…
Contudo quando falamos de Missões o nosso pensamento recai sobre os Combonianos. É natural que isso aconteça pois Daniel Comboni foi um grande impulsionador das Missões, principalmente no continente Africano. É do conhecimento de todos a sua célebre obra “Salvar África com a África”.
Mas para melhor conhecerem passem aqui (Coisas Mesmo Fantásticas) ou aqui (Sorrir para Servir).
Pois bem, meus amigos, exorto-vos a que no resto desta semana, até Domingo, centrem o vosso pensamento e a vossa oração nos nossos irmãos Missionários. Continuai a rezar por eles todos os dias, mas mais fortemente, este mês. Relembrai os cinco continentes, por onde estão espalhados. Que eles sejam, como Paulo, missionários do Amor de Cristo.
Lembrai-vos também que, nos dias que correm, todos somos missionários neste mundo onde a indiferença a Deus está cada vez maior.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Hoje...


Hoje desembainhei a espada. Cavalguei pelos montes no meu robusto cavalo branco. Lutei contra Mouros, Gregos, Troianos, Romanos. Venci as lutas e regressei em ombros para a minha tenda. Na minha cadeira senhorial, eu ouvia os meus consultores, dava ordens e despontava a guerra. Erguia-me da minha cadeira, colocava a minha capa, partia à conquista de novas terras e novos mundos. Comandava um exército de tropas maravilhosas. Chorei pelos que ficaram nos campos de batalha, socorri os feridos, devolvi a paz a muitas famílias. Libertei povos e condenei outros. Das Ásias às Europas, tudo tinha sido conquistado por mim. Qual Alexandre, qual Júlio César. Era eu, que subordinado ao meu rei conquistava todo o império. Das Ásias trazia as sedas, os costumes e as gastronomias. Das Europas a cultura, as novidades, o canto, a educação. Império maior e mais rico não havia sobre as águas. No meu leito me recostava, sozinho e contente por tão bem servir o meu rei.
Hoje parti à descoberta. Percorri caminhos há muito tempo percorridos. Hoje descobri pirâmides antigas, túmulos inviolados, riquezas espantosas. Segredos ocultos nas escrituras antigas, formas de viver em sociedade, de orar e de conhecer o mundo. Hoje descobri templos antigos, cidades ocultas, paraísos perdidos. Conheci novas culturas e novas histórias. O mundo antigo estava ali, e eu vivia-o como uma pessoa daquele tempo.
Hoje percorri oceanos, nadei com tubarões e espécies infindas de seres marinhos. Hoje parti em busca de velhos navios naufragados, em busca de velhas histórias de amor, de pirataria. Parti em busca de velhas relíquias, de velhos pedaços da história.
Hoje sentei-me na velha biblioteca, agarrei nos livros há muito esquecidos. Conheci a história do mundo, a sua decadência, as suas formas de se voltarem a restituir. As suas correntes artísticas, as formas de se vestirem e de se comportarem.
Hoje eu vi o mundo. Sentei-me na lua e admirei o planeta azul. Admirei a sua beleza exterior e questionei-me sobre o porquê de tanta maldade no seu núcleo.
Hoje falei em tribunal. Defendi um inocente, provei que a sua palavra era verdadeira.
Hoje discursei no parlamento. Defendi os verdadeiros valores do homem. Alertei para os perigos, salvei algumas pessoas.
Hoje fui filósofo. Escrevi sobre teorias, formas de pensar. “Defendi” o Deus cristão, acusei o mundo da sua falta de ligação a Deus.
Hoje sentei-me no banco dos réus. Fui acusado, condenado e morto.
Hoje eu acordei e vi que tudo não passava de um simples sonho. Mas acordei feliz, porque, na magia dos sonhos, pude ser tudo aquilo que queria.
Hoje acordei e vi que não posso mudar o mundo, mas posso ajudar na sua mudança.
Hoje acordei e senti-me bem, porque voltei a acordar…





Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sempre a mesma coisa...


Mas é que é sempre a mesma coisa…
Depois de umas horinhas de estudo, decidi passear um pouco pelo Facebook. Ao ler o feed de notícias, deparo-me com o Evangelho de hoje:
«Naquele tempo, alguém do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.»
Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?»
E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.»
Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita.
E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?'
Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens.
Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.'
Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?'
Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.» (Lc 12, 13-21)
»
E logo por baixo disto, dois comentários. Um referia-se à actualidade deste Evangelho, o outro a dar por tabela.
Sempre que, nas redes sociais, se tenta evangelizar, vêem logos destes comentários tristes a tentar criticar, a apontar o dedo, etc, etc.
Eu não sou contra a liberdade de expressão. Por favor, expressem-se à vontade. Aceito as opiniões deste e daquele. Se algo está mal e apontarem o erro, pois muito bem, vamos tentar melhorar as coisas. Agora andar constantemente a falarem das mesmas coisas… Tenham dó!
Como podem ver, o Evangelho fala sobre o acumular fortunas. Alerta-nos contra esse perigo, indicando-nos que tudo fica na terra e só a nossa alma irá para o Céu.
Mas não, o cérebro de certas pessoas deve ser tão pequeno e tão limitado que não compreende estas coisas. Parece que surgiu o convite: “Quem quer dizer mal da Igreja?”. Mas o convite a “dizer o que a Igreja faz de bem” parece não ser apelativo ao mundo pagão e que cada vez mais se fecha no seu casulo, impedindo que Deus e os homens entrem nele.
Ora, já devem andar um pouco à nora por não saberem o comentário. Pois bem, o comentário era o seguinte: “O Vaticano cumpre o Evangelho?!?!?! “
Epah que coisa… Já vos questionastes de quantas crianças o Vaticano mata a fome, ajuda com cuidados de saúde, quantas pessoas têm e tiveram direito à educação, porque o Vaticano pagou? Já vos questionaste de que as coisas do Vaticano pertencem à Igreja?
Falais de riqueza mas nem vos interessais em saber bem as coisas. Se alguns que para aí andam a atirar, como diz o povo, papaias para o ar, se sentassem a uma secretária, lessem sobre o assunto, certamente ficariam bem mais esclarecidos. Olhai o exemplo do papa Paulo VI que, pegou na sua tiara, OFERECIDA PELA CIDADE DE MILÃO, onde ele fora Arcebispo, aquando da sua ordenação papal, e a colocou sobre o altar em gesto de humildade. Esta foi adquirida por Washington e o dinheiro que o Vaticano recebeu por ela foi enviado para os pobres de África.
Sabíeis? Pois, alguns nesse mundo que são os primeiros a criticar não devem saber destas coisas.
Mas um dos grande problemas, a meu ver, é o “se o outro faz, eu também posso fazer”. Ou então, quando estas coisas batem nos seus corações e lhes cria um grande mal-estar, arranjam um bode expiatório para se consolarem.
E a vós que acreditais, exorto-vos a que rezem por aqueles que não acreditam. Não sou eu que o peço, mas Deus.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Folha em branco


Existem coisas que por vezes não podemos deixar passar. E por isso vos escrevo hoje pela segunda vez.
Estava a rever uns email’s e reencontrei-me com este vídeo, que, uma vez mais, me arrepiou completamente e me fez repensar algumas coisas.


Enquanto ouvia a música, pensei naquela história de vida fabulosa. Por vezes fazemos tempestades em copos de água e nem pensamos que há pessoas que vivem de forma bem pior, com problemas bem piores e numa situação pior que a nossa.
Para quem não entenda as legendas, eu resumo um pouco. Aquele rapaz coreano, foi deixado num orfanato de onde fugiu à procura de uma vida melhor. Mas esse ideal “americano” não apareceu, e o rapaz viveu, durante algum tempo, nas casas de banho públicas e debaixo de escadas. Vendia pastilhas e refrigerantes. Uma vez, entrando num bar para vender, ouviu um solista e sonhou ser como ele. Foi atrás do seu sonho, e nada melhor que um programa de televisão. Ele não se acha um grande cantor, mas porque gosta de cantar, decidiu arriscar. Ali ele iria saber se valia a pena continuar a correr atrás do seu sonho, ou acabar por ali… Mas, felizmente, ele conseguiu tocar o coração dos coreanos.
Por vezes algo nos acontece e pensamos que é o fim do mundo. E contra mim próprio falo. Eu sei, são os nossos problemas. Somos nós que os estamos a viver. Mas se pensarmos que há alguém bem pior, talvez, ou melhor, é certo que o nosso grande problema se torna um pouco mais pequeno.
Isto faz-me lembrar mais uma daquelas histórias que circulam pelos mail’s e que não damos grande importância.



Um dia uma professora decidiu passar um teste surpresa aos alunos. Colocou à frente dos alunos uma folha em branco, com um ponto negro bem no centro da folha: um pequeno ponto. Pediu aos alunos que falassem sobre o que tinham à frente. Os alunos, com algum receio, começaram a falar sobre o pequeno ponto negro. Uns diziam que o ponto não estava bem ao centro da página, outros que o ponto lhes fazia lembrar isto e aquilo. Todos falaram no ponto negro, e nenhum se lembrou de falar sobre a página branca.
Moral da história: por vezes temos tendência a centrarmo-nos só naquilo que é mais pequeno. Naquilo que é diferente. E isto fazemo-lo, por exemplo, quando damos uma palestra. Se há alguma palavra que nos falha, já achamos que tudo correu mal, que foi um autêntico desastre quando, na verdade, a conferência correu lindamente, um êxito.
Mas é natural do homem ser assim. Nunca damos atenção ao que está em abundância. Somos, alguns, muito negativistas. Se algo não corre a 100%, tendemos a dizer que correu 100% mal. E não olhamos para as coisas boas, para as lições que tiramos com isto ou com aquilo.
Este rapaz coreano é hoje, para mim, um herói dos tempos actuais. Hoje, neste rapaz coreano, eu revejo a esperança para um mundo melhor. Hoje, por este rapaz, eu vou tentar reagir de forma diferente….


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

Milagre do Sol


Pela manhã do dia 13 de Outubro do ano de 1917, cerca de 70 mil pessoas acorreram aos campos da Cova da Iria. Todos queriam assistir ao cumprimento feito por Nossa Senhora aos três pastorinhos. Muitos poderão ter ido para comprovar a fraude que eram os pequenos pastores; outros foram movidos pela fé; e possivelmente alguns foram levados pela corrente.
Segundo os relatos, na hora sexta, ou seja, ao meio-dia, a pequena Lúcia chamou à atenção as pessoas que ali se encontravam para olharem para o Sol. Segundo os mesmos relatos, era um dia chuvoso, e o céu estava coberto de nuvens. A chuva caía por cima daqueles que se ali amontoaram por diversas razões.


Então, depois de Lúcia dizer para olharem para o Sol, a chuva parou de cair, as nuvens limparam-se do céu e o sol brilhava «como prata e não aleijava os olhos». Eis que aquele disco prateado começou a mover-se num ziguezague, assustando a multidão presente nos campos da Cova da Iria. Alguns relatos dizem que, a terra e as roupas encharcadas pela chuva secaram em breves momentos.
Aquando deste fenómeno, a Virgem aparece às crianças, transmitindo-lhes as últimas palavras. Dizem, alguns, que houve outros milagres no local, como a cura de algumas pessoas.
Segundo as Memórias da Irmã Lúcia, a Virgem Maria, após lhe dirigir as poucas palavras e de lhes dar informações sobre o que haviam de fazer, subiu junto do sol, onde se encontravam Jesus e São José a abençoar as pessoas (ou o mundo) ali presentes. Alguns testemunhos falam que viram uns vultos com configuração humana dentro do Sol.
Aqueles que não acreditam, dizem que foi uma imaginação de todos aqueles que estavam presentes, pois o milagre já tinha sido anunciado. Contudo, relatos de pessoas que se encontravam a 18 km de distância, anula esta hipótese.



A 13 de Outubro de 1930 foi declarado, oficialmente, um milagre, pela Igreja Católica.
Este milagre, do Sol, foi um factor de credibilização dos acontecimentos e da mensagem de Fátima. Contudo, algumas críticas foram dirigidas, como por exemplo, as teses ovniológicas, psicológicas, sincretistas e de complot.
Não podemos negar que este milagre é algo atmosférico, meteorológico. O que lhe confere credibilidade é o facto de este acontecimento ter sido anunciado cerca de três meses antes.
Bem, todos sabemos da consequência do movimento do sol no nosso sistema. Contudo, não posso deixar de negar que é algo bastante estranho. Como é que todos aqueles que ali estiveram, (e relembro que foram cerca de 70 mil pessoas), presenciaram as mesmas coisas? E pessoas que não se encontravam no local, observarem também o fenómeno? E o deixar de chover e o céu limpar-se… Bem, para mim são factos que apontam para a credibilidade das aparições. E como isto também toda a mística em torno dos pastorinhos… Três crianças, que não iam à escola, trabalhavam no campo, com o gado, e sem grande (e para não dizer nenhuma) formação, conseguem formular duas orações tão belas? Ou então imaginar aquilo tudo, com todos os pormenores, e sem se contrariarem umas às outras, aquando de questionadas separadamente… E bem sabeis das torturas e tormentos que passaram… Quantas crianças conseguiriam manter uma mentira durante tanto tempo?
A mim não me convencem do contrário. Se me perguntardes se acredito nas aparições de Fátima, a minha resposta será que sim. Já reparastes na paz que se sente naquele local? Eu já tive essa experiência montes de vezes. E, como eu, podem dizer aqueles com quem fui a pé a Fátima que, depois de entrarmos no santuário, sentimos uma paz imensa, esquecendo todas as dores. Então o Vicente que o diga que quando ia nos quilómetros finais ia com a pica toda…
Bem, findo com a oração que o Anjo ensinou aos três pastorinhos.

«Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram e não Vos amam.

Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.»




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Novo Acordo Ortográfico


Acho que ainda não vos falei sobre este assunto que foi muito falado, mas que agora já pouco se houve. Contudo, se estiveres a ler isto e achares que eu já falei sobre isto ou que estou errado, fecha a página ou separador.
Muito se falou sobre o tão dito Novo Acordo Ortográfico. Mas a mim, directamente, ainda não me tinha afectado. Mas como há sempre um mas…
Eu, como muitos, nasci na altura dos escudos, no tempo das brincadeiras de rua, das pistas de carros, dos verdadeiros desenhos animados, de tanta coisa que hoje já não existe.
Andei na escola, e, apesar de nem sempre escrever correctamente (não fosse o Word meu amigo), aprendi a escrever acção, actor, acto, correcção, descontracção, mini-saia, entre tantas outras palavras…
Mas agora as coisas mudaram, e é bem que assim aconteçam. Contudo, acho que algumas coisas são absurdas. Os meus avós são do tempo da Pharmácia e eu já do tempo da Farmácia. E, na verdade, dei graças a Deus por algumas coisas terem mudado, pois vi-me à rasca com o Gil Vicente e o seu português arcaico.

Mas, nos tempos em que eu aprendi a escrever, as palavras já se percebiam bem.
Mas podeis agora questionar-vos (e como diria o meu professor de História da Igreja Antiga: perguntai) que quero eu dizer com este paleio todo? Bem, na verdade o que quero dizer é que Portugal perdeu a sua língua, sendo agora o brasileiro (não propriamente, mas quase).
Se eu, segundo o novo acordo ortográfico, disser que «no ato eu ato» isto não me soa nada bem. Mas se disser que «no acto eu ato» já me soa de maneira diferente.
Bem, a diferença pode não ser muita, mas é alguma.
A verdade é esta: sinto-me velho. Já não sei escrever. Pareço o meu avô que escreve «coubes» em vez de «couves». E o meu avô não andou na escola. Ora, eu, que andei e ando na escola, também já não sei escrever… E, possivelmente, como eu, muitos de vós. Mas façam a experiência. Pegai numa caneta e escrevei: «O meu ator favorito é o Orlando Bloom que entra no segundo ato do cinema, com uma rapariga de minissaia num ato de descontracção», e ides ver que o maldito “c” aparece… Mas se tiverdes de escrever um texto para uma revista, já não podeis escrever com o maldito “c”… E agora pedem-me que faça trabalhos com o novo acordo ortográfico. Que complicação. Depois de escrever o texto todo, ter que o rever por causa dos hífens, dos “c’s” etc…
Mas que posso eu fazer contra o acordo ortográfico? Nada? Calar-me? Não, irei contestar. Que ensinem as crianças agora a escrever com o novo acordo ortográfico, ainda bem. Agora que me obriguem a mim, e a outros como eu, a escrever segundo o novo acordo ortográfico é que eu não acho bem. Sim, eu sei que o homem é um ser de hábitos (ou será ábitos???), mas não vão exigir à minha mãe ou ao meu pai que, ao escrever um requerimento, retire o hífen ou o “c”. O meu pai diria logo: «Eu aprendi a escrever assim, há mais de quarenta anos, e agora vêm-me um fulano qualquer ensinar-me a escrever?» (e verdade seja feita, que eu não saio ao meu pai que escreve lindamente e com uma letra perfeita).
Ok, os tempos mudaram, mas ainda existem pessoas do tempo antigo. Bem, vou mas é directo (direto??) à conclusão. Não digo mais para não vos melgar. Podeis chamar-me velho do restelo, que eu não me importo. Eu aprendi a escrever de uma maneira, e gostaria de morrer a escrever da mesma maneira (o que acho impossível porque mais cedo ou mais tarde até o meu Word me vai traír).
Aqui, o velho do restelo, vai continuar a escrever no antigo acordo ortográfico até que este novo esteja tão infiltrado nas nossas vidas que nos esqueçamos do antigo. E depois irá recorrer aos antigos escritos para relembrar o velho hífen e o velho “c”.





Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Braille


Nunca se depararam com a situação de chegar a algum sítio e encontrar uma legenda com pontinhos? Ou ir a uma papelaria e encontrar livros em branco, em que nas páginas está somente uma infinitude de pontinhos em relevo? Pois, bem sei que sabeis que é braille, mas nem todos sabemos. Braille é o nome dado ao sistema de leitura com o tacto, que normalmente é utilizada pelos cegos.
Hoje, quando cheguei à primeira aula do dia, encontrei o quadro todo codificado. Bem, mas não dei grande atenção. Mas aquando da aula de Hagiógrafos, e após o professor questionar sobre o que era aquilo, eu pus-me a tentar decifrar aquilo. Foi então que lá descobri o que significavam aqueles códigos todos no quadro. E é claro que após a minha descoberta, da pólvora seca, dei aquele «ahh!!», que levou o professor a questionar-me o porquê daquele «ahh!!». Então lá tive de explicar…
O «código» era este:

1 O O 4
2 O O 5
3 O O6

A-1             L-1,2,3              V-1,2,3,6
B-1,2          M-1,3,4             X-1,3,4,6
C-1,4          N-1,3,4,5          Z-1,3,5,6
D-1,4,5       O-1,3,5             K-1,3
E-1,5           P-1,2,3,4          Y-1,3,4,5,6
F-1,2,4        Q-1,2,3,4,5      W-2,4,5,6
G-1,2,4,5     R-1,2,3,5
H-1,2,5        S-2,3,4,
I-2,4            T-2,3,4,5
J-2,4,5         U-1,2,3,6

Bem, mas isso não interessa. O que me leva a escrever sobre este tema é a facilidade com que conseguiremos aprender braille. Nas escolas temos tantas disciplinas, e algumas delas de nada valem, mas a linguagem gestual e o braille não fazem parte do curriculum… E é algo tão simples…
O braille foi inventado por Louis Braille, em 1827 em Paris. O braille é um código constituído por três pontos de altura e dois de largura que, estando sobressaídos numa determinada ordem, formam um número ou uma letra. Um cego experiente pode ler duzentas palavras por minuto.
Conhecer o código do braille é bastante simples. Basta um pouco de atenção e concentração.
Deixo-vos uma imagem onde podem ver e aprender o braille.



Ah, já agora, o meu primeiro nome em braile seria assim:


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Deixo-vos um link, onde podem descobrir mais. (aqui

Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cidade Invicta


5 de Outubro – Dia da Implantação da República. Um grande dia para Portugal. Uma vírgula na história dos portugueses, um ponto final na da monarquia. Contudo, desde esta vírgula e deste ponto as coisas não têm sido muito melhores. Bem, mas relata a história que neste dia o nosso mui grande rei D. Manuel II deixou de exercer a sua soberania partindo para o exílio, e a bandeira de Portugal içada, exibindo as suas quinas e cores a todos os que para ela olhassem.
Bem, mas isto já foi há mais de cem anos e já poucos olham para isso.
Para nós, Igreja, foi a separação do Estado, e a extinção das ordens religiosas que ainda resistiam por cá depois da extinção de 1828 – 1834.
Mas na verdade não é este tema que me leva a escrever, mas sim a visita à Cidade Invicta.
Já tinha passado por lá algumas vezes, até já tinha andado de rabelo (os meus colegas de secundário não podem deixar de esquecer aquela imagem de um tolo na popa do rabelo, com um chapéu tipo palha, de mão ao peito a cantar o hino nacional). Mas na cidade mesmo dita, que me lembre, não tinha lá estado.
Aproveitando então o feriado civil, decidimos ir até ao Porto. Eis que chegámos ao Porto em menos de hora e meia.
Mar à vista, veio-me logo à lembrança Fernando Pessoa:

«Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,
Mas nelle é que espelhou o céu.»

Chegados, estacionámos as carrinhas em frente ao Paço Episcopal, e visitámos a Sé do Porto. Bem, aquilo é lindo. Um claustro que deixa muito a desejar, para além do museu que têm peças lindíssimas.
Mas a cidade do Porto não é só a Sé. Foi altura de descer e ir até à estação de São Bento, seguindo para os Clérigos e depois para o Mosteiro de São Bento, onde participámos na Eucaristia.
Como este passeio foi só pela tarde, as horas já iam avançadas e tínhamos de voltar. Jantámos e retomámos caminho para casa. Depois de o dever cumprido, afinámos as vozes e viemos a cantar durante o caminho, que tornou a viagem menos maçadora.
Mas como diria uma professora da ESEN Viseu (mais propriamente a senhora engenheira), «palavras levam-nas o vento», por isso deixo de maçar e passo para uma amostra das fotos. Enjoy :)










Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dia Mundial dos Animais

Hoje, dia 4 de Outubro, é o Dia Mundial dos Animais. É também dia de São Francisco de Assis. E para quem não souber, São Francisco de Assis é o patrono dos animais.
Deixo-vos um pequeno texto que encontrei na internet sobre a relação de São Francisco de Assis com as criaturas de Deus, e umas fotos dos meus animais :)


«A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava pra muitos um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do Éden. Entretanto, esta não foi uma característica apenas de Francisco, havendo casos semelhantes de santos ingleses e irlandeses. Muitas histórias com animais cercam a vida de Francisco de Assis. Elas estão contadas no Fioretti (pequenas flores, em italiano), uma coleção póstuma de contos populares sobre este santo. Certa vez ele viajava com seus irmãos e eis que viram ao lado da estrada árvores lotadas de passarinhos. Francisco disse a seus companheiros: "aguarde por mim enquanto eu vou pregar aos meus irmãos pássaros". Os pássaros o cercaram, atraídos por sua voz, e nenhum deles voou. Francisco falou a eles:

"Meus irmãos pássaros, vocês devem muito a Deus, por isso devem sempre e em todo lugar dar seu louvor a Ele; porque Ele lhe deu liberdade para voar pelo céu e Ele o vestiu. Vocês nem semeiam nem colhem, e Deus os alimenta e lhes dá rios e fontes para sua sede, montanhas e vales para abrigo e árvores altas para seus ninhos. E embora vocês nem saibam como tecer, Deus os veste e a suas crianças, pois o Criador os ama grandemente e o abençoa abundantemente. Então, semprem busquem louvar a Deus."

Outra lenda do Fioretti nos fala que na cidade de Gubbio, onde Francisco viveu durante algum tempo, havia um lobo "terrível e feroz, que devorava homens e animais". Francisco teve compaixão pela população local e foi para as colinas achar o lobo. Logo, o medo do animal fez todos os seus companheiros fugirem, mas Francisco continuou e, quando achou o lobo, fez o sinal da cruz e ordenou ao animal para vir até ele e não ferir ninguém. Milagrosamente, o lobo fechou suas mandíbulas e se colocou aos pés de Francisco. "Irmão lobo, você prejudica a muitos nestas paragens e faz um grande mal" disse Francisco. "Todas estas pessoas o acusam e o amaldiçoam. Mas, irmão lobo, eu gostaria de fazer a paz entre você e essas pessoas". Então Francisco conduziu o lobo para a cidade e, cercado pelos cidadãos assustados, fez um pacto entre eles e o lobo. Porque o lobo tinha "feito o mal pela fome", a obrigação da população era alimentar o lobo regularmente e, em retorno, o lobo já não os atacaria ou aos rebanhos deles. Desta maneira Gubbio ficou livre da ameaça do predador.
Também se conta que, quando Francisco agradeceu ao seu burrinho por tê-lo carregado e ajudado durante a vida, o burrinho chorou.» 
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2007/05/sao_francisco_d.html 






Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

domingo, 2 de outubro de 2011

Novo Bispo de Bragança-Miranda


Diocese de Bragança-Miranda tem novo Bispo.
A verdade é que a sua nomeação já saiu há mais de dois meses, mas foi hoje, no Vigésimo Sétimo Domingo do Tempo Comum, do Ano Litúrgico A, do ano civil de 2011 d. C., que Dom José Cordeiro foi ordenado Bispo, na Sé Catedral de Bragança-Miranda, pelas 15 horas.
Os seminaristas da Diocese (Bragança-Miranda) já por lá se encontravam, mas nós saímos de Viseu pelas 9 horas e 30 minutos. Quando chegámos à cidade Brigantina, foi hora de almoçar no Seminário de São José. Bem, não se lembra a minha memória de estar numa sala com tantos Bispos. Para cada lado que olhava, lá estava um Bispo, de uma das dioceses de Portugal, ou um Bispo auxiliar ou emérito. Findou-se o bom almoço e foi altura de tomar um cafezinho antes de seguir para o autocarro que nos levaria à Catedral.
Quando o autocarro e os batedores pararam em frente à Catedral, os relógios marcavam sensivelmente as 14:30. Foi altura de procurar lugar para assistir à Ordenação Episcopal.
Com toda a solenidade, começou à hora prevista a tão dita celebração. Com quase todos os Bispos residentes presentes, presidiu à celebração o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, que nesta celebração é denominado por Bispo ordenante principal. Foram também Bispos ordenantes, os Bispos eméritos D. Rafael e D. António Montes.
A celebração começou com os ritos iniciais normais. Após a leitura do Santo Evangelho, foi apresentado o candidato que, depois da homilia, foi então admitido ao terceiro grau de ordenação: o Episcopado.
Passavam já das 18 horas quando findou a celebração. Foi então altura de voltar para casa. Chegámos já passavam das 21:30…
Bem, deixo-vos algumas fotos deste dia tão rico. Findo com as felicitações ao 44º Bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro e a toda a Diocese pelo seu novo Bispo.












Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa