sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Hino à amizade!

5 Palavras afáveis aumentam os amigos, e fala amável encontra acolhida.

6 Tenha muitos conhecidos, mas um só confidente entre mil. 

7 Se você quiser um amigo, coloque-o à prova, e não vá logo confiando nele. 

8 Porque existe amigo de ocasião, que não será fiel quando você estiver na pior. 

9 Existe amigo que se transforma em inimigo, e envergonhará você, revelando suas coisas particulares. 

10 Existe amigo que é companheiro de mesa, mas que não será fiel quando você estiver na pior. 

11 Quando tudo correr bem, ele estará com você, mas quando as coisas forem mal, ele fugirá para longe. 

12 Se você for apanhado pela desgraça, lhe dará as costas e se esconderá de você. 

13 Mantenha-se longe de seus inimigos e seja cauteloso com os amigos. 

14 Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro.

15 Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável.

16 Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. 

17 Quem teme ao Senhor tem amigos verdadeiros, pois tal e qual ele é, assim será o seu amigo.


Eclesiático ou Livro de Ben-Sirá 6, 5-17



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Zarzuelas!

“Tengo miedo del encuentro con el pasado 
que vuelve a enfrentarse con mi vida.”
 
Começa assim uma das minhas músicas favoritas.
Quando comecei a estudar Espanhol, dos primeiros filmes que vi, incluindo o Mar Adentro, foi o filme Volver de Pedro Almodóver.
Lá conheci esta música, e o seu estilo.
Em Portugal, o que mais nos caracteriza é o fado, mas os nossos hermanos também têm algo muito parecido.
Este tipo de música chama-se zarzuelas.
Há quem confunda este estilo com o Flamenco, mas na verdade não é a mesma coisa: o flamenco consiste num romance entre a guitarra e a bailaora.
Deixo-vos ao zarzuela Volver, de Estrella Morente




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O homem

A noite já chegou. O dia já terminou.
Lá fora a lua brilha, o céu está estrelado.
Dizem que, no princípio, Deus criou o dia para o homem e a noite para os animais…
Bem, na verdade, os animais começam a sair agora das suas tocas, para na calma e no silêncio da noite procurarem o seu alimento.
Do lado de fora do meu quarto os mochos “falam”, os gatos miam, os cães ladram…
Está lua cheia e no meio de tanto “falar” dos animais um som se destaca.
Ao longe, no cimo do monte, um lobo uiva. A ele junta-se o uivar de mais dois ou três lobos. Do seu uivar fazem uma bela melodia. E essa melodia, ainda que diferente de lobo para lobo, eleva-se para os céus…
Como é belo poder ouvir esta bela melodia de louvor ao Criador, que os animais, ainda que digam que não têm consciência, fazem subir aos céus e a dão a conhecer a todo aquele que permanece acordado.
Ainda que diferente de lobo para lobo, o sentido é o mesmo.
Como poderiam os homens aprender com eles. Se nós, homens, conseguíssemos, cada um à sua maneira, elevar um louvor perene ao nosso Criador, seríamos todos muito felizes!
Mas uma vez mais o criador foi esquecido. Este foi posto de lado, pois, como dizia Joseph Ratzinger no seu livro “Introdução ao Cristianismo”, carecia de função.
O homem, depois de viver num mundo em que Deus não tem lugar, depois de deixar de procurar o Criador, ocupando o seu lugar com vícios e outras coisas, perdeu o sentido da sua vida.
Como é costume, quando há algo que nos incomoda, começamos a desprezar. Por exemplo, começamos a ler um livro e, se as suas palavras nos incomodam, colocamos o livro de lado e nunca mais lhe pegamos. Se alguém nos diz coisas que nos perturbam, deixamos de lhes falar, a princípio cortando no tempo em que se está com essa pessoa, até acabar mesmo com a amizade.
O homem tornou-se repudiante, querendo viver simplesmente no seu canto, sem contacto com o resto do mundo, pois no seu canto é que está bem e ninguém o incomoda.
Ao fim de se darem tantas razões pelo estado da sociedade, porque não pegar neste pensamento e aprofundá-lo?
A sociedade está como está porque o homem se isolou, se fechou e não mais se preocupou com o que vive à sua volta!


Ad majorem Dei gloriam! 
 Ismael Sousa

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Herança

Mais uma morte. Mais um pedaço de Portugal se perdeu.
Há quem diga que a nossa cultura está nos museus; que a nossa história está nas grandes ruas das grandes cidades, nas casas velhas, nas ruínas.
Eu também acho que sim: a nossa cultura está nos museus; a nossa história, também presente nos museus, está nas velhas ruas de todas as cidades, nas velhas casas que para muitos não passam de lixo. Nas velhas ruínas que são devastadas para darem lugar a um novo centro comercial. Que está nos livros que hoje já ninguém lê. Mas está também naquelas pessoas que mandamos constantemente para os lares.
E hoje falar-vos-ei sobre essa rica herança que se está a perder, residindo nos túmulos daqueles que a possuíam.
Falava-se hoje na riqueza das orações que a velha avozinha nos ensinava e isso fez-me pensar verdadeiramente.
Quantos de nós não se lembram dos velhos cozinhados da “vovó”, com aquele sabor típico que só ela conseguia fazer e que em dias de festa tanto nos adoçava a boca? Quantos de nós não se lembram das velhas cantigas que o velho homem de boina, quando nos sentava no seu regaço ou sentados à volta da lareira, nos cantava? E as velhas lendas e histórias?
Ah como eram belos esses tempos.
Pois é, mas estas belas coisas vão-se perdendo diariamente sem que ninguém se lembre; vão-se apagando das nossas memórias e da memória do mundo.
Hoje tudo isso se torna supérfluo, e a história vai-se apagando.
Mas não haverá quem as queira recordar? Não haverá quem se interesse por essas coisas?
Pois bem, com essas recordações na memória, deixava o desafio de voltarem a perguntar à avó sobre isso, a gravarem de uma ou de outra forma, para poderem transmitir às gerações vindouras, para que não se perca mais um pedaço da nossa velha e antiquíssima cultura!




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Padroeiro da Diocese de Viseu

São Teotónio! Rogai por nós.
Oriundo de Ganfei, no ano de 1082, teve uma pia educação desde a infância. Foi para Coimbra com o seu tio D. Crescónio, Bispo de Coimbra, e sob tutela de D. Telo foi formado nas disciplinas eclesiásticas.
Depois da sua ordenação sacerdotal, foi nomeado prior da Sé de Viseu onde recusou varias vezes o bispado de Viseu.
Mais tarde segue para Coimbra onde, com onze homens (entre os quais D. Telo), fundou o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
Acaba por morrer em 1162. Conta-se também que foi conselheiro de D. Afonso Henriques e de D. Afonso I.
Em 1163 foi canonizado pelo Papa Alexandre III sendo assim o primeiro Santo português a subir aos altares.
É, assim, padroeiro da Diocese de Viseu, na qual está um osso do seu braço, o qual pode ser visitado na Sé Catedral.
E, desta forma, hoje a igreja Diocesana de Viseu encontra-se em festa.
Na missa em honra de São Teotónio, presidida pelo bispo da Diocese, serão admitidos às Ordens Sacras dois colegas (Ezequiel e Cristóvão) e toda a comunidade de Seminário Maior estará reunida para assim celebrarmos o nosso padroeiro e exultarmos de alegria com estes dois colegas.
Se quiserdes ler um pouco mais sobre este dia, passem aqui.


Imagem de São Teotónio na fachada da Sé de Viseu


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

BOOK

Falava há dias no grande prazer de ler. Pois não é que me chegou ao email o seguinte video



Espero que tenham gostado e que adquiram muita desta nova tecnologia!
Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ser Pessoa.

Muitas teorias se escrevem, muitas frases são formuladas em torno deste tema. E este é mais um desses textos.
Contudo, não posso deixar passar sem falar nele.
Ser pessoa não é só ser ser humano. Ser pessoa é muito mais que isso, pois muitos com cabeça, tronco e membros, que se dizem seres humanos não são pessoas.
Para mim, um simples escritor de blogues, ser pessoa é muito mais que ter cabeça, tronco e membros.
Ser pessoa é, assim, respeitar o outro, nas suas limitações e nas suas atitudes; nas suas palavras e nos seus gestos; na sua crença ou descrença. É pensar por si próprio, ser único num mundo onde tudo é igual. Ser pessoa é amar, perdoar, respeitar.
Mas, infelizmente, hoje as coisas não são assim. Hoje desprezamos os que são diferentes de nós, repudiamos os que pensam diferente dos outros todos, os que se vestem de forma diferente. Gozamos com quem pensa, com quem sente, com quem ama e defende os seus princípios. Vivemos numa sociedade podre, numa sociedade em que só se está bem acima do outro. Queremos sempre dar nas vistas, pormo-nos superiores aos outros, nem que, para o concretizarmos, espezinhemos o outro.
Vivemos numa constante falsidade, reprimindo muitas vezes quem somos realmente.
Muitas vezes não podemos ver nada a ninguém, e temos logo que imitar. Quando alguém dá mais atenção ao outro, arranjamos logo forma de virar as atenções para nós, colocando o outro na escuridão, no silêncio, na indiferença.
Caros leitores, eu em parte também o sou assim. Se me perguntardes se me considero pessoa, dir-vos-ei que o sou em parte, mas não na totalidade.
Felizes aqueles que já conseguiram sê-lo num todo, pois serão pessoas felizes, independentemente dos acontecimentos.
Ser pessoa é, então, respeitar o outro, colocando de parte as diferenças e ama-lo com todo o coração, pois foi isso que Jesus Cristo ensinou aos seus apóstolos, que nos ensina diariamente na Sagrada Escritura.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fado com Violino

Antes de mais quero desejar a todos os casais um feliz Dia dos Namorados.
Na verdade o meu post hoje seria sobre este dia, mas, quando cheguei ao email, tinha recebido  um mail que me deixou curioso. Falava sobre o fado com violino.
Bem sabeis a minha paixão pelo fado, e o quanto eu o admiro, tanto nas formas mais antigas como nas formas mais modernas.
Mas desta forma eu nunca tinha ouvido. Em vez do choro de uma voz gasta pela idade ou na flor da juventude, um violino. É sem dúvida fenomenal.
Deixo-vos o video e a página da criadora deste estilo: Natalia Juskiewicz







Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Vida num sopro!

A vida é um instante que passa num momento. É uma hora que passa num segundo. Mas nem todos nos apercebemos disso. Nem todos vemos que a vida é curta demais para ser desperdiçada.
Tomei consciência deste facto, e não há muito tempo.
Poderia dizer que em vinte anos aproveitei somente metade da minha vida. A outra foi desperdiçada. Poderá ser verdade, mas também o poderá não ser.
Sinto em mim uma ânsia de beber da fonte da sabedoria. Sinto em mim a vontade de me tornar um pouco mais culto. Quero tornar-me mais culto.
Contudo, todos os meus esforços me parecem falhar. Mas nem tudo o que parece é.
Não me quero enaltecer a mim mesmo, pois poderei afirmar como o filósofo Sócrates que «só sei que nada sei».
Sinto, neste momento, a necessidade de explicar um pouco o porquê de ter colocado uma lista de livros neste blogue. A intenção não é gabar-me, mas sim dar a conhecer um pouco daquilo que acho que vale a pena perder tempo. Hoje em dia, a meu ver, a literatura empobreceu um pouco.
Os novos livros, que seduzem os jovens, falam simplesmente de vampiros, de coisas totalmente impossíveis de acontecer.
Não digo que essa chamada literatura não seja boa, o que por vezes não o é, mas que de nada valem aos seus leitores.
Quem me conhece sabe, perfeitamente, que sou um aficionado pelo Harry Potter, e que li todos os seus livros, vi todos os filmes. Mas, se me perguntarem se considero aquilo literatura, a minha resposta será «não». Estes livros são, na verdade, um entretenimento.
Mas, não posso deixar de referir que foi, graças a estes livros, que a minha paixão pela leitura surgiu. Antes, não conseguia ler livros que não tivessem imagens. Mas estes livros fizeram-me ver que, uma leitura sem imagens, pode, às vezes, ser mais interessante que uma leitura com imagens.
Estes livros ilustrados limitam a nossa capacidade de pensar, de imaginar. Impossibilitam o desenvolvimento da nossa imaginação.
Eu explico: quando lemos um livro com imagens, a construção das personagens vai ser segundo os desenhos, e os espaços também. Ora, quando lemos livros sem imagens, a nossa mente cria a imagem à nossa frente, o espaço, parecendo que estamos a viver o que o livro nos relata. Contudo, não se podem esquecer, caros leitores, que isto não passa da minha visão das coisas.


Hoje em dia, nas escolas, existem disciplinas que nada ajudam. Se discordais, dizei-me para que serve a disciplina de Estudo Acompanhado? Formação cívica? Entre outras.
Durante cinco anos tive estas disciplinas. Se me perguntardes o que lá aprendi eu digo «nada». Não seria bem mais interessante, entusiasmar os jovens para a leitura de literatura portuguesa, estrangeira? De abrir os seus horizontes, de fomentar neles o desejo de ler?
Pois bem, isto não passa de ideias de um pensador, que nada contribui para a formação do mundo. Contudo, acho que se repensassem estas coisas, nada se perderia.
Mas, voltando à literatura, penso que esta não passa apenas pela leitura de clássicos, de obras que todo o mundo já ouviu falar. Por exemplo: Quantos de nós já leram “Os Lusíadas”? Pois bem, responder-me-eis que toda a gente lê “Os Lusíadas” na escola. Mas, na realidade, só lemos alguns excertos deste grandioso livro.
Recordo que, no meu décimo segundo ano, as propostas de leitura eram: “Memorial do Convento” (José Saramago), “Felizmente há Luar” (Luís de Stau Monteiro), “Mensagem” (Fernando Pessoa). Ora, a “Mensagem” era analisada na aula em comparação com “Os Lusíadas”. Mas as outras duas obras eram de leitura pessoal obrigatória. Quereis saber quantos dos meus colegas leram as duas obras completas? 0! Admirais-vos, certamente, e pensais que eu estou a dramatizar. Mas na verdade foi assim. Do “Felizmente há Luar” tiraram resumos da internet. Do “Memorial do Convento” esperaram que alguém lesse e que lhe desse um ponto de situação.
Sobre isto, questionei-lhes eu muitas vezes, o porquê de não lerem: as respostas foram múltiplas: “Não gosto de ler”; “Só leio quando não sou obrigado”; “Este tipo de leitura não me fascina”. Como será possível? Se nem um pouco de literatura conseguem ler, como será com os estudos? Poderá alguém aprender alguma coisa, na vida activa, sem ler?
Pois bem, caros leitores, o meu propósito foi tentar explicar a importância da leitura hoje em dia. E a lista que se apresenta nesta página de livros é, pura e simplesmente, uma sugestão que eu faço que leiam. Aproveitem… Poderão aprender muito!


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

RMIC

Há coisas que, quando nos apercebemos, se tornam dolorosas. Quando falta algo, sentimo-nos incompletos.
Hoje, enquanto relia alguns post’s do meu blogue, vi que faltava algo. O meu coração trespassou-se, quebrou-se em dois.
Seria um autêntico crime se eu não falasse neste tema.
O tema que vos trago hoje é sobre um grupo de amigos.
Esse grupo foi uma marca na história. Se dissesse que seria na história mundial ou nacional, estaria a mentir. Mas foi-o na história de cada membro desse grupo.
Vou passar a contar-vos a lenda:

«Eram tempos áureos da idade contemporânea, quando um dos 4 elementos (ATENÇÃO: nada de TERRA, AR, FOGO e ÁGUA), sob inspiração da Sagres, se lembrou de formar uma confraria da Cevada.
Situemos-nos no 221, na figura de alguém sentado à secretária (Descrição: desolado, espumando da boca e botando fumo de la tete). Adormece ... e, aquando do acordar, a luz (não se sabe qual) acende e PUFFFFF! Ecce RMIC (Dados Históricos: no preciso momento da aparição da luz sobre o tal personagem, do lado oposto da rua, surge um camião que nos dizeres do seu reboque é legível: SAGRES).
Tudo decorre no ano da Graça de 2009 (Véspera de ano da vinda do Papa Bento XVI a Portugal), concretamente no dia 28/Outubro»


E assim nasceram os RMIC.
Foram tempos áureos, de felicidade, alegria, com vários simpatizantes até. Mas a irmandade estava formada, e alterações não se podiam fazer.
Cruzaram países estrangeiros (Espanha), descobriram novas bebidas (pelo menos para alguns). Até quando, Bento XVI esteve em Portugal, eles marcaram esse acontecimento.
Todas as suas aventuras poderiam ser lidas no seu “pergaminho”, com imagens e tudo. Foram músicos, futebolistas, bolas de árvore de natal (tenho a dizer que a aplicação que o facebook disponibilizava durante a época de natal foi invenção dos RMIC), entre tantas coisas.
Durante as tardes, juntou-se a sacra irmandade, com alguns dos seus fiéis seguidores, para passarem uma tarde animada. Vieram bebidas, saíram canções, alegria e novas descobertas. Os que os ouviam, sentiam alegria nessa tarde.
Sacra irmandade dos RMIC, saudades que deixam.
A quem quiser visitar o “pergaminho”, siga nesta carruagem aqui.



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

Da poesia à prosa

Percorremos a mente, tentando encontrar muitas vezes as origens de certas coisas.
Hoje, particularmente, com uns simples click’s, encontrei aquelas que foram as minhas primeiras origens.
Não falo da minha genealogia, mas sim das minhas primeiras escritas para e no mundo da internet.
Enquanto organizava um álbum, decidi colocar lá um dos meus poemas que saiu na Fórum Estudante, uma revista feita para os jovens estudantes. Lá, eu indicava o meu blogue. E eis que decidi ir visita-lo. Há muito tempo que não ia lá, pois abandonei por completo a tentativa de escrever alguma poesia.
Eis então que retomei à minha origem no mundo “bloguiano”.
Como me fascinou, ver aquelas linhas, aqueles comentários e a vontade e a sede que eu tinha de escrever.
Contudo, isso já é passado, mas parte constituinte do meu presente e do meu futuro. Foi ali que eu comecei.
Há uns tempos tinha pensado em o apagar, mas agora vejo o porquê de não o ter feito.
Se quiserem podem passar lá. Um simples click aqui, e já lá estais.
Depois, revendo o meu blogue, a sua estrutura e pensando no que havia de mudar futuramente, deparei-me com um blogue onde já não ia há muito tempo.
Esse blogue, do Seminário Menor de São José, fora criado por mim e mais uns colegas (Zé Eduardo e Júlio Lopes), por incentivo do nosso presado reitor (Pe. Tó-Jó), para dar a conhecer, a todos aqueles que estivessem dispostos a ver, as nossas aventuras.
Aquele foi também uma das minhas raízes.
Este blogue, que infelizmente hoje está parado, foi o blogue que acompanhou os meus últimos passos no Seminário Menor, que hoje recordo com muita saudade e com um sorriso nos lábios.
Podereis passar também por lá, para verdes as minhas últimas aventuras (aqui).
Transcrevo aqui a última aventura e a despedida àquela casa:
“Olá, já lá vai algum tempo que a gente não escreve, mas aqui vai:
  No dia 10 de Junho, o Seminário Menor proporcionou aos seminaristas um passeio de Final de Ano, como é habitual. Este ano o passeio foi até à Figueira da Foz, mais concretamente Buarcos.
 Passamos lá o dia, fomos até a praia, demos umas voltitas e no final do dia fizemos a oração na Igreja de Buarcos.
                                                                                     Boas Férias a Todos...”

O texto é do amigo Júlio, mas o sentimento é sem dúvida o que eu senti.
Deixo assim a sugestão de procurardes as origens daquilo que vos dá gosto. 



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Josephina Bakhita


Hoje falo-vos, de um modo especial, de uma Santa.
No encontro, em que participei, do Pré-Seminário, fiquei a conhecer uma Santa, de quem eu nunca tinha ouvido falar.
Santa Josephina Bakhita.
Josephina Bakhita era uma jovem de um tribo africana. O seu divertimento não era jogos de computador, nem ficar junto dos pais o dia todo.
A sua diversão era estar junto dos animais selvagens, ver as suas formas de agir e de comunicar.
Bakhita foi levada, numa invasão de uma tribo dominante, como escrava.
Na casa dos seus senhores serviu durante anos. Mas, um acontecimento foi marcante para si. Uma vez, encontrava-se ela a servir as suas senhoras (pois servia um homem bigamo) quando um dos da sua tribo originária foi crucificado. Bakhita, sem saber bem o que aquilo significava, sem conhecer a religião cristã ou ter ouvido falar dela, foi junto do homem e deu-lhe de beber.
Aquele sentimento foi bastante marcante para ela.
Pouco tempo depois, a aldeia onde servia foi invadida e ela foi levada por um comerciante de armas.  
Levada para a terra onde o homem vivia com a sua filha, Bakhita foi denominada de demónio, por causa da sua cor de pele.
Ali servia o seu novo senhor. Mas a paixão que a filha do seu senhor tinha por Bakhita aumentou, levando-a a ser sua ama.
A filha do comerciante (sem mãe, pois esta morrera quando a criança nascera) era mimada e estava habituada a ter tudo para ela.
Mas foi aqui que Bakhita agiu. Esta fez-lhe ver que as pessoas não podiam ser tratadas como objectos e que não eram propriedade de ninguém.
Depois de ser açoitada pelo patrão, Bakhita foge e depara-se com a Igreja. O padre deu-lhe albergue, e qual não foi a admiração de Bakhita, quando viu na cruz Nosso Senhor.
Perguntava ela ao padre que mal tinha feito aquele homem. Foi aqui que começou a sua conversão.
Mais tarde, e por sua vontade, torna-se freira. Aí morre depois de uma vida santa.
Gostaria de me alongar mais, mas acho que devem ver o filme “De Escrava a Santa”.
Deixo-vos o tema do filme que é fabuloso.



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cinco Chagas do Senhor!

Hoje falo-vos pela segunda vez.
Pois é, mas não podia deixar passar este acontecimento como se nada fosse.
Hoje, dia sete do mês de Fevereiro do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2011, festeja-se a Festa da Cinco Chagas do Senhor.
Segundo a Liturgia das Horas, “o culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I,7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim, os Romanos Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular, que ultimamente veio a ser fixada neste dia.
Pois bem, como já se referiu, o povo português “era” muito devoto desta festa. E eu digo “era” porque, e vós todos o sabeis bem, vivemos um tempo em que a religião é posta à margem e motivo de chacota.
Mas antigamente, o povo festejava este dia com grande amor e piedade. As chagas foram o sofrimento de Cristo na cruz; elas foram a prova de que Ele ressuscitara.
O nosso grande e ilustre poeta (sem desfazendo outros poetas muito bons também) cantou assim na sua obra-prima estas “feridas” de Cristo.
Eis o que ele escreveu:
Vós, tenro e novo ramo florescente

De uma árvore de Cristo mais amada

Que nenhuma nascida no Ocidente,

Cesárea ou Cristianíssima chamada;

(Vede-o no vosso escudo, que presente

Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou)
(Lusíadas, I-7) 



Mas, para surpresa de muitos que se declaram ateus, mas bem patriotas, as Cinco Chagas estão presentes na bandeira: repetidas por 5 vezes (os 5 pontos brancos dentro de cada quina representam as 5 Chagas de Cristo).
Desta forma, bendito e louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, por nos dar este sinal da sua morte e ressurreição, enaltecido seja Camões por nos recordar que Deus está sempre connosco (mesmo que seja na bandeira) e Bento XIV, que nos deu esta festa, a nós, povo nobre e Lusitano!



«Todos os que me vêem, escarnecem de mim, 

estendem os lábios e meneiam a cabeça:


"Confiou no Senhor, Ele que o livre,
Ele que o salve, se é seu amigo".
Matilhas de cães me rodearam, 
cercou‑me um bando de malfeitores.

Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, 
posso contar todos os meus ossos.

Repartiram entre si as minhas vestes 
e deitaram sortes sobre a minha túnica.

 Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim, 
sois a minha força, apressai‑Vos a socorrer‑me.

Hei‑de falar do vosso nome aos meus irmãos, 
hei‑de louvar‑Vos no meio da assembleia.

 Vós que temeis o Senhor, louvai‑O, 
glorificai‑O, Vós todos os filhos de Jacob, 
reverenciai‑O, vós todos os filhos de Israel.»
[Salmo 21(22)]





Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

Dias de Festa!

Dias de festa são sempre uma alegria.
Ontem, foi um dia bem especial. Depois de ter descansado durante a manhã toda, a família reuniu-se e fomos passear um pouco, aproveitando assim, os últimos dias.
Depois do almoço, eu retomei aos meus trabalhos. Vim para casa e vesti o fato, seguindo para a Sé Catedral da Cidade de Viseu.
Aí decorreu a Missa dos Finalistas da Escola Superior de Saúde de Viseu. Mais uns tantos enfermeiros que a escola formou e que agora lança para o mundo na esperança de que estes sejam uns enfermeiros para os homens e não para as doenças. D Ilídio Pinto Leandro referiu na homilia que estes (os enfermeiros(as)) deviam lembrar-se sempre de que se deparariam com pessoas com doenças e não doenças com pessoas.
Dada a bênção, findou-se a missa.
Como uma hora depois tinha de estar novamente na Sé Catedral, fui tomar um cafezinho com o padre Tó-Jó, onde ainda tive oportunidade de tirar uma foto, enquanto ele dizia: “Quem quer ver o Ismael é nos flashes das máquinas fotográficas”.

Voltámos para a Sé onde se findaram os preparativos para a ordenação diaconal do meu amigo/colega/padrinho Lino Loureiro.
Este foi sem dúvida o ponto alto do dia.
Eu e o Lino fomos companheiros no Seminário Menor de São José em Fornos de Algodres, e um ano no Seminário Maior de Viseu. Foi também meu padrinho de praxe.
Ontem, começou a grande caminhada que o levará ao sacerdócio, e que assim será um dos trabalhadores da vinha do Senhor.
Prosseguiu-se o jantar e depois foi hora de retomar o descanço.
Findo assim, dando os parabéns aos finalistas e senhores enfermeiros(as) que ontem findaram, e principalmente ao Lino!
Começa hoje o II Semestre do Instituto Superior de Teologia de Viseu. Por isso, aproveitando assim, desejo a todos os meus colegas um óptimo II Semestre e que este corra como eles desejarem!

Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

domingo, 6 de fevereiro de 2011

São Pedro do Sul

Hoje o dia foi diferente do habitual.
O futuro é algo que nos pode impressionar, revirar totalmente os nossos sentimentos!
Pensava que este fim de semana, ia ser um pouco pesado, doloroso. Mas não.
Depois de almoçar, decidi ir com o meu amigo Júlio dar uma volta por São Pedro do Sul e tirarmos algumas fotos.
O percurso foi um pouco grande, sim, mas valeu bem a pena.
Saímos da cidade, em direcção às Termas. Mas, ao contrário de toda a gente que vai pela nacional, nós fomos pela antiga linha do comboio.
Passamos pelo velho São Pedro do Sul, e decidimos aventurarmos-nos.
Bem, na verdade, para descobrir as belezas da natureza, é necessário sair do caminho, saltar giestas, escalar pedras, para se encontrar o, desculpem-me a expressão, paraíso.






Depois de escalarmos as pedras, descermos até junto do rio, de tiradas algumas fotos, seguimos até ao nosso destino.
Chegados, percorremos por alguns caminhos que eram desconhecidos, e de fotos tiradas, fomos tomar o café e voltamos até casa.
Poderia dizer em palavras muito mais coisas, mas deixo-vos as imagens que valem por mil palavras




Agora espero que venha o Verão, para poder ir tirar mais fotos, nestas terras de São Pedro do Sul, em locais recônditos e esquecidos por todos.

Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

4 de Fevereiro

Hoje é um dia especial.
Para além de ter terminado definitivamente o primeiro semestre, e dos exames estarem todos feitos, algo é superior a isso.
Hoje, aquela que me trouxe ao mundo, faz anos. Há já alguns anos que eu não vinha a casa nesta altura, e este ano isso aconteceu.
É uma grande alegria estar com a minha mãe este dia! Família reunida cá em casa hoje. Dia de festa.
Por isso, a ela os Parabéns, com votos de muita felicidade! E um grande obrigado também para ela!

O fotógrafo foi o meu pai :)

P.S.- É claro que não esqueço a minha amiga Rita, à qual desejo muitas felicidades e alegria! Tudo de bom!

Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

WWJD

Comprei, recentemente, nos saldos, um livro que me chamou à atenção.
A capa, muito simples, com apenas uma coroa de espinhos, exibia o seguinte título: "O Que Jesus Realmente Quis Dizer".
A princípio, não se consegue perceber muito bem o que isto significa, mas com a leitura do mesmo, alguns mistérios são revelados.

No mundo, principalmente na América, camisolas, bonés, porta-chaves e outra bijutarias assim, exibem as iniciais WWJD. Estas iniciais, como diz o autor, têm ajudado muitos cristãos a decidir algumas coisas nas suas vidas. A sigla significa: What Would Jesus Do? (O que faria Jesus?).
Mas saberemos nós o que Jesus faria numa questão daquelas? Saberíamos nós, como reagir?
Durante o livro, é-nos mostrado algumas passagens da vida de Jesus, a forma como Ele reagia e porque reagia e fazia as coisas de certa maneira.
Ainda não o acabei de ler, mas estou a achar formidável.
Deparei-me, ontem, com uma passagem que falava sobre um problema tão à baila hoje em dia: homossexualidade. a grande questão do autor é de como reagiria Jesus... What Would Jesus Do?
Bem, poderia falar-vos do que diz o autor, mas assim já não o iriam ler... Acreditem, é uma boa oportunidade para esclarecer algumas coisas.


Ad majorem Dei gloriam! 
Ismael Sousa

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"Sou um homem doente..."


“Hoje fechei a porta ao mundo”; “Hoje o mundo fechou-se para mim”.
Findei esta semana uma leitura que me acompanhava há alguns dias, e que não era capaz de terminar aquele livro.
É interessante quando começamos a ler um livro e nos identificamos muito com ele.
E foi o que aconteceu comigo… Comecei por ler esse livro e tive medo. Via-a, naquelas palavras, a minha vida. Em tudo o que o autor dizia eu vi-a a minha vida.
Um monólogo consegue provocar-nos essa estranha sensação.
Deixei o livro de lado e não lhe toquei. Assolava-se em mim o medo do que poderia continuar a ler… O meu amor à leitura e a minha sede de beber um pouco mais de literatura, perderam-se. Não sentia, em mim, vontade de ler.
Ah, como é possível que um simples objecto inanimado, com alguns borrões negros, logre com o temor de um coração.
Eis que decidi vencer este medo. “Afinal, pensava para mim próprio, não passam de palavras de um homem que está já debaixo de um monte de terra. Aquilo é pura ficção, e a minha vida não é, e nem pode, ser pautada por um livro.”
Retomei o livro e, após algumas páginas, o medo voltou a mim.
Dizia o autor:
“Porquê e para quê, no fundo, quero escrever? Se não é para o público, poderia recordar tudo mentalmente, sem pô-lo no papel, não é verdade?
Pois é, mas no papel a coisa parece soar com mais dignidade. Há nisso algo de imponente, o juízo de mim mesmo é mais intenso, há mais requinte no estilo. Além disso, é possível que o processo de escrever me alivie. […] A leitura, escusado será dizê-lo, ajudava-me muito – apaixonava-me, preenchia-me, torturava-me.”
Como será possível que, alguém consiga descrever exactamente o que sinto. Nunca tive contacto com este autor, pois se assim o fosse, estaria já morto e não estava aqui a escrever estas palavras. Depois, só comecei a ler as suas obras agora. Poderia, se lesse este autor há muito tempo, ter vivido sob sua influência. Mas não.
A cada página que virava, revia a minha vida. Revia-a, num homem, que me parecia em muito eu.
Pode ser confuso, mas isto era o que eu sentia ao ler este livro. Era perturbante, confuso.
A páginas tantas, deparei-me com o seguinte excerto:
“A minha vida era já lúgubre, desordenada e solitária até à selvajaria. Não convivia com ninguém, evitava mesmo falar e cada vez mais e mais me enfiava no meu buraco. […] Fazia até por não olhar para ninguém. […] Torturava-me ainda outra circunstância: o facto de, precisamente, ninguém se parecer comigo, e de eu não ser parecido com ninguém…”
Ah, como foi torturante ler estas palavras… Eu sentia-me realmente naquilo tudo…
À medida que ia acabando o livro, desejava que ele tivesse mais mil folhas. Já não o detestava. Sentia que era, para mim, um aviso. Uma previsão do meu futuro se assim continuasse.
Mas as folhas acabaram, e todo o meu ser estremeceu.



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa